Arquitetura em SP, o maior produtor musical das últimas décadas e games clássicos
E você mais interessante em 5 minutos
Fala meus caros!
Nas últimas semanas, apesar de movimentadas pela mudança de país, casa, trabalho (que ainda estou no hiato) e uma ida ao Brasil que devo escrever sobre em breve, me vi desmotivado para escrever estritamente sobre viagem, a vida como imigrante e coisas relacionadas ao ramo que trabalho - alimento & bebida e vinhos & spirits. Mas minha vida não se resume a isso (nem perto disso, na verdade) e versátil que sou nos conteúdos que consumo, sinto falta de escrever sobre assuntos que transbordem o que convencionado por mim mesmo, me propus a escrever nesse espaço.
Talvez isso explique a frequência um pouco menor que a habitual. Mas hoje, inspirado pelo meu grande amigo e “padre” Lucas, que aliás chegou aos 5 mil assinantes na sua newsletter, decidi escrever sobre o que tenho visto ultimamente em formato de reflexões rápidas, pílulas de conhecimento e referências para vocês poderem se se inteirar de assuntos que podem soar um pouco aleatórios, mas tenho certeza que vão te deixar mais interessantes e você vai levar para sua próxima roda de conversa.
Ele é um dos nomes mais influentes da música e talvez você nem saiba de sua existência
O que Red Hot Chilli Peppers, Johnny Cash, Jay Z, Kanye West, Adele, Linkin Park e Lady Gaga têm em comum? Além de premiadíssimos pela música, todos esses artistas tiveram álbums produzidos por uma mesma pessoa que talvez você jamais tenha ouvido falar. Rick Rubin com seu jeito excêntrico é um dos maiores produtores musicais da história e foi um dos responsáveis a popularizar um dos gêneros mais ouvidos nos Estados Unidos hoje: o hip-hop. Desde os anos 80, através das sua produtora Def Jam, Rick Rubin se tornou um dos mais influentes nomes na música nos EUA e reergueu carreiras consideradas acabadas pelo grande público como Johnny Cash que após um período no ostracismo, voltou a ser premiado com Grammy's com a produção de Rubin, que transita entre os mais diversos gêneros como Heavy Metal, Country, Hip Hop, Rock Alternativo, Pop etc.
Boa parte das suas produções são feitas no seu estúdio chamado de Shangri-La, um refúgio em Malibu onde o minimalismo ao extremo faz daquela caixa branca sem nada dentro, um ambiente propício para meditação e contato com eu interior. Consequentemente, os artistas que tem o privilégio de gravar por lá, conseguem se concentrar no que realmente importa durante processo artístico sem interferências externas. A ideia de Rubin, diferentemente de vários produtores é fazer intervenções pontuais, reducionistas e passar desapercebido. Segundo ele, o propósito pleno do seu trabalho seria produzir um artista sem ele mesmo saber.
Para conhecer a história dele que se entrelaça com a história da música nas últimas décadas nos EUA, recomendo muito esse vídeo:
Já parou pra pensar na arquitetura da cidade onde você mora?
Desde que conheci o canal São Paulo nas Alturas de Raul Juste Loures eu tenho devorado os vídeos dele onde são feitas análises sobre o urbanismo e arquitetura de São Paulo e o impacto disso na vida dos paulistanos. Eu não sou arquiteto, nem engenheiro, nem sequer muito entusiasta do assunto. Mas quando por acaso vi alguns vídeos dele e entendi o impacto que os péssimos projetos, sem criatividade, que valorizam o carro em detrimento do pedestre tinha na minha vida como morador de São Paulo por quase 10 anos, passei a acompanhá-lo regularmente.
Os prédios envidraçados da Faria Lima sem vida ativa no térreo, com nenhuma interação entre faixada e calçada (a não ser por jardins totalmente inúteis e inutilizados) e áreas enormes para fluxo de carro são um dos motivos que fazem da cidade mais perigosa, e te obrigam a pegar um uber ao invés de ir a pé ou de transporte público para o trabalho, fazendo com que gaste mais dinheiro e tempo no trânsito. E vivemos isso diariamente sem nem perceber. Triste, né?
Mas nem tudo é desalento. Ele também conta a história e faz uma análise arquitetônica incrível do Conjunto Nacional e seu impacto na vida urbana da Avenida Paulista. Um exemplo de projeto que integra ao invés de desagregar e até hoje faz do quarteirão um dos mais legais e movimentados da Paulista. Se liga:
De volta pro futuro
Desde a pandemia, temos visto uma onda de tendências inspiradas nos anos 90 e 2000 e tudo aquilo que parecia tosco até pouco tempo atrás voltou a tona, desde as discutíveis tendências na moda até no mundo dos vídeo-games com a remasterização e relançamento de jogos clássicos. Ultimamente eu joguei 007: Goldeneye originalmente para Nintendo 64, lembra? Keza MacDonald (The Guardian) faz uma reflexão sobre a remasterização e volta desses clássicos e se eles deveriam ficar apenas no passado mesmo. Dado a experiência nostálgica que me transportou para a sala da casa da minha tia enquanto jogava com meus primos e comia um bauru com coca-cola, eu acredito que não.
Através dos meus recomendados no youtube, vi também recentemente uma partida de War entre alguns dos maiores streamers do Brasil, entre eles Gaules e Casimiro. O jogo é exatamente o mesmo há não sei quantos anos, a diferença era o clássico tabuleiro em um ambiente online (pode jogar em qualquer navegador) e de graça. Claro, ao invés das brigas em loco, as discordâncias eram no Discord (pra quem não conhece, o Skype de atualmente). Legal, né? Além do War, também existem versões do Jogo da Vida online. Será que é o futuro dos jogos de tabuleiro ou a experiência cara a cara ainda tem seu valor?