Chegamos ao fim de 2022 e sim estou um pouco atrasado, mas é por um bom motivo: o tempo passado com a família reunida que há algum tempo não acontecia. Pessoalmente, esse ano com certeza foi o mais feliz, agitado e importante da minha vida. Me casei, mudei de país, comecei um trabalho novo, saí dele, ganhei meu primeiro sobrinho (e afilhado) e daqui dois dias vou me mudar de novo de país. E por essas e outras, considero essa virada de 2022 para 2023 uma virada do século. Para mim e para o mundo que perdeu Pelé e a Rainha Elizabeth, fazendo com que os maiores símbolos globais do século XX se fossem abrindo caminho para o século XXI. O texto de hoje, o primeiro de 2023, vou fazer um breve resumo do que foi meu ano, um balanço dos meus 15 textos publicados aqui desde agosto, e o que vai ser da minha vida nesse próximo ano.
2022 foi diferente.
Quase ninguém vivo conhecia o mundo sem a Rainha Elizabeth e sem Pelé. Pois bem, sejamos bem vindos a esse novo mundo. Tivemos eleições no Brasil, com certeza a mais emblemática e acirrada desde a redemocratização e igualamos nosso maior jejum sem títulos de Copas do Mundo que será de 24 anos em 2026, assim como foi em de 1970 a 1994. Tivemos guerra e o tivemos “fim definitivo” de uma pandemia que mexeu com o mundo. Podemos dizer que esse ano foi no mínimo agitado e seguindo essa energia de transição que tá rolando no mundo, pessoalmente não tenho dúvida que essa passagem de ano também foi, está sendo e será de grandes mudanças para mim e para a Fernanda.
Estou escrevendo esse texto de Boston, onde viemos passar natal e ano novo com a família. Amanhã estarei em Londres e domingo em Amsterdam, cidade que chamaremos de casa pelos próximos meses, anos? Não sei. E nem preciso saber. Acho que essa é a lição que aprendi no último ano, quando saímos de São Paulo rumo a Londres com mil e um planos que foram alterados do dia para noite por um deboche do destino, nos mostrando que não importa o quanto nos planejamos, estamos sempre sujeitos ao acaso. E como diz um quadro que ganhamos da nossa amiga Julia Zabala e levamos para Londres: “Vivo entregue ao acaso para ter certeza que o destino será surpreendente”. E assim vamos nós, rumo a Amsterdam, um destino que temos certeza que será incrível e que pretendo compartilhar muito com vocês por aqui, como foi Londres.
Por aqui no Moodboard, esse ano publiquei 15 textos desde agosto sobre diferentes temas, mas com uma leve predominância sobre comidas, bebidas e rolês em Londres, Roma, Edinburgo, Paris e Boston. Várias dessas experiências compartilhei aqui com 310 assinantes que recebem meus textos nas suas caixas de entrada regularmente. A vocês, meu muito obrigado. As crônicas que nasceram com o intuito de serem um diário para documentar meus passos e experiências morando fora tiveram mais de 3000 visualizações e espero que tenha servido como indicação, inspiração ou um simples momento de lazer e descontração para cada um que gastou um tempinho lendo algum dos meus textos.
A partir daqui de Boston rumo a essa jornada que nos levará a nossa nova vida, eu fiquei muito reflexivo sobre essa oportunidade que é quase única na vida de poder morar em diferentes países, aprender e crescer com isso. Mas nunca foi tão claro para mim também o trade-off dessa vida: a saudade dos amigos e família que ficam e as despedidas. Mas foi uma vida que escolhemos viver e nos faz feliz.
A Londres, meu muito obrigado pela recepção (nem tão fácil e receptiva às vezes, rs). Que 2023 venha com muitas alegrias e histórias para serem compartilhadas por aqui. Amsterdam, aí vamos nós!
Que sejam dias felizes em Amsterdam! ♥️